Ficaram para trás muitas histórias
palavras também e memórias
mas os amigos, os do meu jeito
trágo-os sempre junto ao peito.
José dos Santos
Canetas e Pinceis
...e outras artes. Viajo pelos dias..., e... às vezes, procuro nas minhas penas a força a dar aos meus pinceis.
Acerca de mim
- Dos Santos Pintor
- Torres Vedras, Portugal
- Alguém que procura pintar os dias com as cores que lhe vão na alma
domingo, 24 de outubro de 2010
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
O Aperto
No canal 1 da RTP debate-se a situação do País. Se a crise estava de forma a pôr os cabelos em pé, com este orçamento de estado vou deixar de ter essa preocupação. E porquê? Simplesmente porque já não os tenho e aos meus concidadãos vão crescer tanto e ficar tão cebosos que não haverá susto ou crise que os faça levantar. Mas gracejos à parte a verdade é que não há forma de fugir à questão. Por muito que queira acreditar que este governo vai trabalhar no sentido de resolver todas as questões que estão em aberto não consigo, e por uma razão muito simples. Já mentiram demais e por demasiado tempo, e aqui repete-se a histório de Pedro e do Lobo, a história da formiga e da cigarra e tantas outras que nos recordam todos os defeitos do género humano.
No contexto actual embora me preocupe com o caminho a que estas más políticas nos conduziram, estou muito mais preocupado com o futuro dos meus.
Penso que acerca deste assunto já tudo foi dito. Até já houve alguém que lembrou que neste momento no ano em que se comemora o Centenário da República o regime em vivemos mais parece uma monarquia com tudo o que as monarquias têm de pior. Há para aí muitos condes, viscondes, duques e marqueses... Definitivamente a nossa República transformou-se numa monarquia.
No contexto actual embora me preocupe com o caminho a que estas más políticas nos conduziram, estou muito mais preocupado com o futuro dos meus.
Penso que acerca deste assunto já tudo foi dito. Até já houve alguém que lembrou que neste momento no ano em que se comemora o Centenário da República o regime em vivemos mais parece uma monarquia com tudo o que as monarquias têm de pior. Há para aí muitos condes, viscondes, duques e marqueses... Definitivamente a nossa República transformou-se numa monarquia.
sábado, 3 de março de 2007
A CÔR DAS MANHÃS
... ... ... há manhãs assim.
Fica-te tão bem essa côr
Como ao mar o azul que o céu tem
Feita de palavras de amor
Pintada num beijo que vem
.
Manhã cedo acordei para o dia
Um conto de fadas parece
Assim a manhã me sorria
No teu rosto o sol amanhece
.
Assim na surpresa acordei
De ver os teus olhos sorrir
deitada nua ainda a sonhar
.
Foi no momento em que te olhei
Instante de encanto a pedir
Que conjugasse o verbo amar.
José dos Santos
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007
No dia em que me aposentei
PALAVRAS NÃO TITULADAS
(Em jeito de despedida)
Num gesto de despedida
Neste discurso não rotulado
Deixo este testemunho
Na esperança que alguém o ouça
Não vejo vontade de mudança
Para a pestilenta realidade que nos rodeia
Cortada pelas cáusticas querelas
Das fardas-máscaras de todos os dias
Nada muda na sua epidémica essência
Na estrutura confusa dos dias gravam-se impressões
Na esperança que alguém as veja
São palavras, são gestos, são agrados, são frases
São amores, são ódios, são também confusões
Restos curiosos de pequenas coisas
Bocados perdidos de inglórias lutas
Não me revejo aqui nesta confusão
Embora não maldiga o dia em que nasci
Apenas os segredos são meus confidentes
E... os dias que amo doentiamente
À espera que a noite chegue
Para que novo dia aconteça
Sabendo que nada irá acontecer
Realmente as coisas que valem a pena
Estão a dois passos de nós, camufladas
Troçam desta furiosa vontade sobrevivente
Dos tempos dos ternos idealismos
Que nos fizeram homens e mulheres
Caiem vertiginosamente os dias
Já não há lugar para mais ilusões
Nem tão pouco é conveniente tê-las
Metidos que estamos nesta farsa palaciana
Sejamos criminosos
Matemos o tempo da conveniência
Com as armas da convicção
É preciso regar os nossos dias
Com o vinho da esperança
E aliviar o sofrimento
Tomando comprimidos de fé
E nas sessões mais sábias da nossa praça
Reclamemos o direito à nossa indignação
Pelos dias que correm sem nada
Pelas horas que passam vazias
Pelos títulos que já não espantam
Nem nada valem
Por essa carga funesta que a morte tem
Apelem à imaginação
Não viagem nessa caravana de teatro
Que de repente parou à vossa porta
Prometendo-vos searas amenas sem pragas
Mares sem tempestades, rios sem morte
Não deixem que vos vitimem
Não deixem que vos roubem
A dignidade de serem quem são
Não matem
Não morram
Mas vivam
Não matem porque nesse dia
A vossa vítima morreu
Não morram porque nesse dia
A vossa morte também partiu
Mas vivam nesse dia porque ele vai acabar
E outro igual não virá
Oh!... Gente sem medo do futuro
Será que irá ser sempre assim
Será que será?
Ou o engano é tal
Que já nem isso importa?!
José dos Santos (Dos Santos Pintor)
Dez. 2002
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